Sempre que eu dizia a elas que me estavam a atormentarem e para me deixarem em paz, respondiam que o que estavam era a me ajudar a evitar de ser acusado de trafego de droga. Eu bem sabia que não traficava, embora tenha começado a consumir cannabis em 2005 nunca tive a necessidade de traficar para sobreviver.
O que achava estranho era que as pessoas de trafego de algumas empresas para onde trabalhei em 2003 Espanha, quando falava com eles ao telemóvel e depois diziam para esperar um pouco, ouvia a se um silencio e depois ouvia os a me dizer até voltar à conversa anterior ao telemóvel que a polícia espanhola estava a fazer controlo a um quilómetro ou noutro sítio ou distancia e me mandavam desviar da rota e ir por outro caminho, mas eu não obedecia e quando estava a chegar ao tal sítio estava mesmo lá a polícia. Umas vezes mandavam-me parar e mostrar o que transportava mas nunca encontraram droga. Sempre achei isso uma coincidência, embora fica-se muitas vezes com alguma dúvida.
Quando fui para Inglaterra viver em 2008 as vozes convenciam-me a abandonar alguns trabalhos porque alguns dos meus chefes traficavam e diziam para naquele ou noutro dia eu não ir trabalhar ou se não seria preso com eles pois já estava lá a polícia inglesa a fazer buscas e eu com medo nesses dias não ia trabalhar e outras vezes me despedia.
Em Portugal as vozes me diziam que a PJ andava a investigar a minha vida e para ter cuidado com quem andava e fazia.
Depois destes conselhos todos as vozes começavam a rir-se e a me chamar estúpido várias vezes por não acreditar nelas e se não fizesse o que elas diziam iria apodrecer atrás das grades. Como castigo de não fazer o que elas mandavam em 2008 atingiam-me com ondas electromagnéticas e eu sentia dor e tinha que me proteger com uma chapa metálica.
Depois que comecei em 2004 o tratamento, abandonar em 2006 e voltei em 2008 a ser tratado cheguei à conclusão de que tudo foram várias alucinações que tive, embora que ao principio me custa-se acreditar.